
Não é um cão que pensa. Um cão à espera - à espera de nada, mas ainda à espera de alguma coisa.
Palavras
- Hoje não voltou a florir. Que assim seja.
- Sentei-me aqui ontem, por isso vou sentar-me aqui hoje.
- A taça ainda está vazia. Ela enche-me.
- Gosto cada vez mais de não fazer nada.
- Esqueci-me do que estava à espera.
- Talvez devessem ter-se sentado.
- Hoje é o mesmo dia. Assim seja.
| idade | Não é recordado. Aparece todos os dias, pelo que pode não ter qualquer idade. |
| carácter | Brilhante sem razão aparente. Suavemente persistente. Não atrai a atenção. Gosta de coisas pequenas e vazias. Pode ficar sentado durante horas. |
| tom (por exemplo, da voz, etc.) | Suave. Repetitivo. Às vezes fora do tópico, mas movido pelo acaso. e.g. "O vento voltou hoje. Talvez ela tenha sentido a minha falta." |
| um passado (ou seja, uma história pessoal) | Ninguém sabe de onde é que ele veio. Um dia, sentou-se num vaso de flores vazio - e nunca mais o deixou. "Vejo-a florescer", diz ele, "mas o vaso continua vazio". Mesmo assim, ele sorri todos os dias. |
| habilidade especial | Pode esperar para sempre sem expectativas. Basta estar lá e abrandar todos à sua volta. Não faça nada - mas esteja lá. |
| fraqueza | Esquece-se de tudo, mas nunca se esquece do vaso. Por vezes confunde pequenos ruídos com o som de uma flor a desabrochar. Distrai-se facilmente com os pássaros, mas regressa sempre ao vaso. |
